Grupo do funzionarios

















































































A companhia foi fundada dois anos atrás, depois parou por um ano e há alguns meses atrás, recomeçou a atividade.
No palco há uma mesa, uma cadeira e um laptop. Já é alguma coisa, mas de cenografia mesmo, nem sombra.
A estória: No centro de emprego, homens e mulheres se revezam em frente ao funcionário para pedir emprego.
A mensagem: há pouco emprego.
Obviamente, falamos de trabalho remunerado … Mas eu coloco a mão na cabeça! O funcionário do centro de emprego poderia, deveria ser uma figura cômica. Seria o suficiente fazê-lo bater as teclas aleatoriamente, fazer perguntas sem sentido para aqueles pobres coitados em busca de trabalho. A “mensagem”, chegaria de modo mais vigoroso!
Muito boa em vez, a apresentação inicial: cada um dos atores vestidos com uma cor predominante, um por um, se apresentavam dizendo: “Eu sou verde, verde como as folhas das árvores, verde como as plantas”, “Eu sou marrom (marrom, marrom), marrom como a terra ” e assim por diante… Boa ideia e uma execução perfeita. Provavelmente uma encenação inventada por eles, onde eles não tinham que passar nenhuma “mensagem”, virou uma pequena pérola de teatro, com uma mensagem muito forte!
No encontro, após a performance, recomeço daqui: contem-me algo bonito de Moçambique. Recitem sobre uma coisa bonita do seu país.
E um por um, contaram: sobre as árvores que dão frutos e sombra, o mar que dá o peixe para comer, e a terra onde cultiva trigo.
Os temas são sempre os mesmos, mas agora eles sorriem e se movem. Durante todos os espetáculos anteriores permaneciam sentados imóveis em volta de uma mesa, que representava o palco da cena. Mas agora eles se movem, recitam!
E foi esclarecedor.
Todos falam Português e sabem ler e escrever, algum já viajou, que aqui quer dizer ter ido em Maputo ou na Tanzânia. Ana Bela já tem o passaporte.
