Há um pouco de tensão esta manhã. Quionga é uma aldeia onde a maioria da população é muçulmana. Nós trabalhamos duro para ter certeza de que nada do espetáculo pudesse, de alguma forma, ofender ou desrespeitar aos cristãos, muçulmanos, animistas, leigos, mas somente o teste de campo nos dirá se avaliamos tudo.

Em muitas coisas confiamos no julgamento dos próprios atores. Será que eles foram criteriosos para julgar?

800 espectadores! Talvez até 900 !!! E risos, muitos risos! E Adelino Cuba, sempre Adelino Cuba !!! Quando entra em cena ele, disfarçado como um falso médico, se ouve sempre gargalhadas, e a partir daí o espetáculo cresce. O personagem de Mussa arrasta os outros atores, gesticula, faz caretas, mesmo quando não está na cena principal, mesmo quando não está recitando.

Hoje eu olhei principalmente para ele e foi um espetáculo dentro de um espetáculo.

Estou muito orgulhoso desses caras, muito! Eles aperfeiçoaram dois momentos do espetáculo, inventado por eles. Ambos no final, quando os dois casais estão no hospital para fazer a ecografia, Mussa e Abdala, na realidade, Adelino Cuba e Agostinho, trocam algumas piadas olhando as imagens da ecografia. Adelino diz que a criança tem a cabeça tão grande quanto a dele. E o público ri!

Outra improvisação foi a saída de todos os cartazes sobre a saúde, simultaneamente, no final. Depois de um primeiro e um segundo dia de provas e “testes”, eles sincronizaram   tempos e movimentos.

Bom, bom, muito bom!

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Como um bom jogador de rugby eu defini o terceiro tempo! Ao voltar, após o espetáculo, vamos juntos beber uma cerveja para comemorar!

Amanhã dia de descanso (para os atores) e, este diário também vai descansar.